Adolescente exerceria atividade degradante, segundo denúncia apresentada pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi).
Madeira derrubada serviria para carvoaria irregular em presídio no Piauí (Foto: Sinpoljuspi) |
O sindicalista afirmou que no depoimento do adolescente houve a confirmação do trabalho infantil e em condições degradantes. “Desmatavam a madeira da área para fazer carvão e esse carvão era vendido. Ninguém sabe para onde ou para quem e o pior é que o pai se utilizava nas suas atividades do trabalho das três crianças, algo que o adolescente confirmou em seu depoimento”, comentou acrescentando que a situação é anormal para o sistema penitenciário.
Para José Roberto a presença das crianças e do pai, assim como a atividade de carvoaria não poderia se desenvolver sem conhecimento da direção do sistema penitenciário no Piauí. “Isso tudo acontecia com autorização da Secretaria de Justiça através da direção da unidade e do gabinete do secretário”, relatou o presidente do Sinpoljuspi ainda lembrando que não há autorização para que uma carvoaria funcione dentro da unidade prisional.
Questionado sobre que benefícios o pai do adolescente teria a partir do trabalho na unidade, já se tratando de ex-detento, José Roberto afirmou que havia a venda dos produtos. “Esse carvão era vendido, bem como os itens da horta e segundo o detento esse dinheiro era repartido entre ele e outras pessoas da secretaria de Justiça”, reforçou.