Silvio Leite diz que alertou Wellington Dias sobre Pauliana, prima de Rejane

Ao tomar conhecimento de que a Operação Topique mira sobre a misteriosa formação de patrimônio de alguns assessores próximos ao governador Wellington Dias (PT) e à deputada e primeira-dama Rejane Dias, especialmente a prima de Rejane, Pauliana Ribeiro Amorim, considerada mulher-bomba do atual governo, o empresário Silvio Leite informou que fez alertas sobre ela ao próprio governador.

Empresário e ex-secretário Silvio Leite 

Ele não foi ouvido. De acordo com a Polícia Federal, Pauliana teria recebido cerca de R$ 850 mil em propinas para fraudar licitações no ãmbito da Secretaria de Educação do Estado. “Estes R$ 850 mil é fichinha diante do que ela surripiou da Seduc”, comentou o empresário, que foi secretário de Comunicação e de Turismo em gestões anteriores de Wellignton Dias.

“Todos os serviços gráficos da Seduc passavam ou ainda passam por ela. Tem um anedotário na Secretaria de que foi preciso imprimir cartilhas orientando a formação de grêmio estudantil nas escolas, talvez 10 por escola, foram impressas milhares”, complementou.

Ele disse ainda que a mulher forte ou mulher bomba começou a construir um hotel em São João do Piauí e logo em seguida, de forma inexplicável, parou. O CNPJ permanece em nome da mesma e foi atualizado em abril deste ano. “Logo no início da gestão eu mesmo chamei a atenção (do governador) sobre ela”, disse Silvio Leite.

Pauliana Ribeiro Amorim estava ganhando muito força no governo. Em pouco tempo seria impossível controlar seu poder e os efeitos disso sobre a gestão. Wellington simplesmente ouviu e ignorou. Na verdade, ele tomou uma pequena providência, que deu ainda mais liberdade para Pauliana agir na Secretaria.

“A providência do  governador foi afastá-la da Seduc, oportunamente ela foi colocada no gabinete da Rejane na Câmara Federal, bom, aí ela nadou de braçadas. Todas as maracutaias da Seduc tem o dedo e as mãos da Pauliana.” No entender de Silvio Leite, o governo não pode negar estes fatos, querer que sejam transformados em fake news. A realidade não pode ser censurada. (Toni Rodrigues)