Para defender Wellington Dias, Meio Norte parte para ataque contra Zé Filho


O Sistema Meio Norte de Comunicação, através do jornalista Ananias…, produziu matéria em defesa do governador Wellington Dias (PT) e da deputada Rejane Dias, no tocante à nova fase da operação Topique, da Polícia Federal, e fez acusações contra o ex-governador Zé Filho, que governou o estado entre os meses de abril e dezembro de 2014 e que disputou o comando do Executivo contra Wellington naquele ano.
A matéria fala sobre uma nota de Wellington Dias em que ele repudia a operação da PF realizada na segunda-feira, 27 de julho, mas já no primeiro parágrafo o texto assume abertamente a defesa do governador ao dizer que “…suposto esquema criminoso para fraudar licitações de transporte escolar iniciado ainda em 2013, durante o Governo de Zé Filho, segundo diz a nota do gestor estadual.” (Em 2013 o governador era Wilson Martins, que foi vice de W. Dias)
Não é o governador que está falando. É o próprio jornal através do seu redator, numa atitude que pode ser considerada antiética, primeiro porque a autoridade policial federal já declarou que os fatos investigados na Operação Topique dizem respeito aos pregões 01/2015 e 02/2017. Segundo, porque a contratação de empresas participantes do esquema de corrupção investigado pela PF começou muito antes do governo Zé Filho. Iniciou em 2008, quando era governador o mesmo Wellington Dias.
No mais, a matéria é lamurienta e dispersiva. Fala sobre um filho que atua na linha de frente do combate ao coronavírus. O que tem isso a ver com a história? Diz que a sua residência – onde o filho mora atualmente – foi devassada pelos policiais. Ora, a PF tinha mandado judicial, obtido a partir de uma solicitação do MPF e o endereço constante do governador e da primeira-dama era aquele. Wellington afirma que está confinado com a esposa em outro endereço, que não revelou, provavelmente na fazenda que possui na zona rural de Teresina. Mas essa também já é uma outra história e que não tem nada a ver com o assunto em foco.
O que pretende a matéria, e o governador, é confundir e sensibilizar a opinião pública. Sobre espetáculo da PF, bem, essa é uma questão ainda mais sem sentido e que a matéria do MN coloca como se fosse algo a ser levado a sério. Na prática nem governador nem veículo de comunicação devem ser encarados com relevância. E isso é lamentável( Com informações de Toni Rodrigues.com.br)