A Caixa Econômica Federal vai ampliar, mais uma vez, a pausa do
pagamento de financiamentos habitacionais, que agora poderá ser de até 180
dias. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (22) pelo presidente do
banco, Pedro Guimarães. Em maio, esse adiamento já havia sido estendido
para 120 dias.
A ampliação do prazo vale para pessoas físicas e jurídicas, no caso de
financiamentos à produção de empreendimentos e para os financiamentos de
aquisição e construção de imóveis comerciais e individuais. Estão contemplados
clientes que financiam o imóvel por meio do Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço (FGTS), programa Minha Casa Minha Vida e pelo Sistema Brasileiro de
Poupança e Empréstimo (SBPE), todos operados pela Caixa.
Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, até o momento, mais de
2,4 milhões de mutuários já pediram a pausa na prestação habitacional,
número que representa R$ 8,6 bilhões em financiamentos suspensos. A medida faz
parte das ações para enfrentar os efeitos causados à economia pela pandemia de
covid-19.
“Lembrando que essa pausa não é automática. Há a necessidade dessas
pessoas pedirem, seja pelo aplicativo, seja pelos telefones, que são
encontrados no site da Caixa”, informou Guimarães, em entrevista.
Quem pedir a pausa no contrato terá de pagar juros, seguros e
taxas, que serão acrescidos ao saldo devedor do contrato. De acordo com o
banco, a taxa de juros e o prazo contratados originalmente não sofrem
alteração.
Os clientes com pagamentos em dia ou aqueles com pagamentos em atraso
por, no máximo, 18 meses, podem pedir a carência. Clientes que usaram o FGTS
para abater parte da prestação também podem requerer a suspensão. No caso de
pessoas jurídicas, a possibilidade de pausa nas prestações é permitida para
quem está com até duas parcelas fora do prazo (atraso de 60 dias).