Organização criminosa que facilitava entrada de celular em presídio faturava R$ 5 mil por semana

Seis pessoas foram presas, entre elas o policial militar Cláudio Rodrigues do Nascimento, que trabalha na Casa de Custódia

A organização criminosa presa na manhã desta quinta-feira (03), que facilitava a entrada de celulares, baterias e outros objetos ilícitos nos presídios do Piauí faturava em média R$ 5 mil por semana. A informação foi confirmada pelo delegado Gustavo Jung, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco).
Josimar Carvalho da Silva foi apontado como o líder da quadrilha e já tem passagem pela polícia por tráfico de drogas. De acordo com informações divulgadas pela polícia, Josimar repassava os objetos ao cabo da PM Cláudio Rodrigues do Nascimento que os entregava aos detentos.
“Josimar era o líder da quadrilha. Era ele que repassava os objetos para o policial que os entregava aos presidiários”, explica o delegado.
As investigações apontaram ainda que Josimar Carvalho da Silva era proprietário de um bar, que funcionava como desmonte de celulares, e que depois seriam levados para a Casa de Custódia.
Polícia deflagra operação Conexão e prende policial militar suspeito de facilitar fugas em presídios
A Secretaria de Segurança Pública e a Secretaria de Justiça deflagraram, às 5h desta quinta-feira (3), a Operação Conexão, por meio da qual foi desarticulada uma organização criminosa que facilitava fugas e entrada de celulares, baterias e outros objetos ilícitos nos presídios do Piauí.
Seis pessoas foram presas, entre elas o policial militar Cláudio Rodrigues do Nascimento, que trabalha na Casa de Custódia de Teresina. A investigação apurou que Cláudio facilitou fuga, no dia 2 de março deste ano, de quatro assaltantes de banco que estavam presos na unidade.
Operação Conexão( Foto: reprodução Sejus)
Os outros presos são Josimar Carvalho da Silva (assaltante e líder da organização), Ismael Ferreira da Silva, Paulo Reis Silva Ribeiro, Ivoneide Ângelo Silva Ribeiro e Israel Alves da Silva. Também foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, inclusive na Casa de Custódia.
Foram executadas, ainda, quatro conduções coercitivas e o sequestro de dois bens (dois veículos utilizados pelos criminosos). Cinco prisões foram cumpridas em Teresina e uma em Timon. A Operação Conexão foi coordenada pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco).
Operação Conexão (Foto: reprodução Sejus)
Operação Conexão 
Paralelamente ao cumprimento das prisões e buscas e apreensões, uma vistoria e busca e apreensão foi realizada na Casa de Custódia, pelo Grupo de Intervenção Prisional, Comando de Operações Prisionais Intervenção, Tropa de Choque da Polícia Militar e pela Polícia Civil.
As prisões e buscas e apreensões foram realizadas pelas polícias Civil e Militar. De acordo com o Greco e a Secretaria de Justiça, a investigação durou cinco meses e teve início após a fuga dos quatro detentos da Custódia, no dia 2 de março.
Operação Conexão ( Foto: reprodução Sejus)
Operação Conexão 
A Operação é fruto do trabalho dos setores de Inteligência das secretarias de Segurança e de Justiça, que têm monitorado o sistema prisional. Em junho deste ano, três agentes penitenciários foram presos por facilitar a entrada de drogas e celulares na Penitenciária de Parnaíba.
Operação Conexão (Foto: reprodução Sejus)
Operação Conexão
Operação Conexão ( Foto: reprodução Sejus)
Operação Conexão