O juiz Valdemir Ferreira decidiu, nesta sexta-feira, 26, por converter para preventiva a prisão da empresária e fisioterapeuta Francisca Danielly Mesquita Medeiros, acusada de manter a jovem Janaína dos Santos Ferreira em condição análoga à escravidão, por 15 anos, em Teresina.
Com a decisão, a polícia terá um prazo maior para concluir o inquérito. Ao invés de cinco, a polícia terá dez dias para investigações. Ontem, defesa de Francisca Danielly entrou com pedido de habeas corpus, que foi negado pela justiça. A defesa solicitou a prisão domiciliar, alegando que a empresária tem dois filhos pequenos, sendo que um deles é autista.
ENTENDA O CASO
Danielly foi presa, na terça-feira (23), após investigação da Polícia Civil em decorrência de uma denúncia de que ela mantinha uma jovem, de 27 anos, em cárcere privado e em situação análoga à escravidão. A polícia foi até a residência da suspeita, no bairro Ilhotas, zona Sul de Teresina, e realizou a prisão temporária dela. Além disso, a jovem foi resgatada e reencontrou a mãe que não via há 15 anos.
Ela deve responder ainda na Justiça do Trabalho. Francisca Danielly Mesquita Medeiros é servidora pública e já foi candidata a deputada federal no Piauí nas eleições de 2018. Danielly tem 38 anos, e é fisioterapeuta e terapeuta ocupacional.
Danielly é prima da mãe da vítima. Antes de vir para Teresina, a jovem morava com a família em Chapadinha (MA) e foi entregue para Danielly quando tinha apenas 12 anos. Desde então, a jovem não via a família. O reencontro com a mãe dela ocorreu após o resgate.