Ciro vai controlar distribuição de R$ 140 milhões do PP nas eleições

O Progressistas do senador Ciro Nogueira informou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) os critérios que vai adotar para distribuir os recursos que cabe ao partido no bolo de R$ 2 bilhões do Fundo Eleitoral. E no PP não tem discussão: a distribuição vai ser feita através da Executiva nacional do partido, o que confere a Ciro um poder significativo na definição do destino de cada centavo proveniente do Fundo Eleitoral. Outros partidos adotam estratégia semelhante, concentrando boa parte dos recursos nas mãos do comando da sigla.

O PP é a quinta maior fatia do bolo do Fundo Eleitoral, com R$ 140,2 milhões. Antes vem o PT (R$ 200,9 milhões), o PSL (R$ 193,6 milhões), o PSD (R$ 157,1 milhões) e o MDB (R$ 154,8 milhões). No total são 33 partidos com direito a uma parcela do Fundo, mas um deles (o partido Novo) não aceitou os recursos que somariam R$ 36 milhões. Conforme a legislação, cada sigla deve informar ao TSE os critérios de distribuição do dinheiro.

No caso do partido de Ciro Nogueira, 100% do repasse do Fundo Eleitoral serão divididos conforme as decisões da Executiva Nacional. No caso do PSL, metade (cerca de R$ 99 milhões) fica nas mãos da Executiva. A outra metade será dividida privilegiando algumas lideranças, como a deputada Joyce Hasselmann, pré-candidata à prefeitura de São Paulo. O Solidariedade  também destinará cerca de dois terços dos recursos (ou R$ 46 milhões) através das decisões da Executiva nacional da sigla.

Essa estratégia fortalece as grandes lideranças partidárias, que podem distribuir os recursos conforme a leitura das candidaturas no desenrolar das campanhas.