Por:José Olímpio
Impedido,
por força de lei federal, de torrar os recursos do precatório do
Fundef, no valor de R$ 1.652.169.584,10 já depositado em conta,
Wellington Dias entrou com uma Ação junto ao STF para que seja
autorizado a gastar parte do dinheiro em ações de combate ao
coronavírus.
A
outra parte, Sua Excelência pretende gastar em obras espalhadas pelo
municípios, neste ano eleitoral, para fortalecer as bases do PT no
interior, através do programa Educar Piauí, elaborado pelos tecnocratas do Palácio de karnak, sem ouvir o Sindicato dos Trabalhadores em Educação.
A
correria de deputados e prefeitos à Secretaria de Educação nos últimos
dias foi atípica. Todos querendo uma pontinha dos recursos do Fundef. Ou
seja, as obras estão sendo definidas agora, às pressas, conforme as
conveniências do governo e de seus aliados. Não tem nada de projetos
elaborados previamente.
O
Sinte-PI que fique atento, pois nesse período quem responde pelo
plantão no STF é o presidente Dias Toffoli, cabendo a ele,
regimentalmente, decidir acerca desse tipo de ação. Ministro da cota do
PT, o presidente da Suprema Corte, diante da “grave e aflitiva”
situação vivida pelo petista Wellington Dias fará tudo para ajudá-lo.
A
Procuradoria Geral do Estado argumenta que os gastos com a pandemia
estão levando o estado à insolvência, por conta da queda na arrecadação
própria. O governo alega ainda que, desde o início da pandemia, já foram
investidos o montante de R$ 292.071.739,00 (Duzentos e noventa e dois
milhões, setenta e um mil e setecentos e trinta nove reais) no combate a
Covid-19.
Acrescenta,
ainda, Sua Excelência que a arrecadação do Estado, comparada com o
mesmo período do ano anterior, teve uma redução de R$ 274.269.000,00
(Duzentos e setenta e quatro milhões, duzentos e sessenta e nove mil
reais).
E
de quem é a culpa da queda da arrecadação própria? É dos empresários,
dos servidores públicos ou das estratégias erradas adotadas por seu
governo?
A PGE chega a dizer que neste momento falta dinheiro para o combate ao coronavírus e sobra para a educação.
Ora,
ora, se é assim, como explicar que a rede estadual de ensino esteja
quase toda sucateada e os professores há dois anos sem o reajuste de
seus salários?
Nesse
caso, em vez de desviar o dinheiro dos precatórios, não seria mais
correto o governo quitar suas dívidas com o magistério e recuperar as
escolas?
Os
argumentos de Sua Excelência não passam de desculpas esfarrapadas. Na
verdade, senhores, a pandemia que comprometeu as finanças públicas do
Piauí começou alguns anos antes da pandemia do coronavírus. Ela remonta
aos tempos do primeiro governo petista, que inaugurou um novo estilo de
gestão, sem planejamento, sem austeridade, comprometido com a gastança
perdulária dos recursos públicos.
Essa
é que a verdade. Quem não lembra do empreguismo desenfreado no primeiro
governo de Wellington Dias, que, aliás, continua até hoje, da locação
de carros de luxo, dos passeios particulares em aeronaves contratadas
pelo governo estadual, dos escândalos na Seduc e na compra de
medicamentos na Secretaria de Saúde do Estado, nos desvios de recursos
em projetos que se arrastam há anos e nunca são concluídos, como o
Centro de Convenções?
Sem
falar nos gastos com a convocação de suplentes na Assembleia
Legislativa, que não cessa nem nesse período de pandemia, nos vultosos
empréstimos internos e externos contraídos por Sua Excelência e
aplicados não se sabe onde?
Os piauienses elegeram 30 deputados estaduais, mas pagam mais de 40, graças à generosidade do governador com os seus aliados.
Depois
dessa quarta e malfada gestão petista, coitado de quem assumir o papel
de inquilino do Palácio de Karnak. Vai passar o mandato todo e não
conseguirá reequilibrar as contas públicas, pois receberá um estado
arrasado, de cofres vazios, sem estradas, sem saneamento básico, sem a
menor infraestrutura e cheio de dívidas impagáveis com bancos nacionais e
internacionais.