Segurança do filho de Wellington Dias assassinado em serviço
Os policiais militares e civis que fazem a segurança pessoal do governador do Piauí, Wellington Dias (PT), estão reclamando que não recebem suas gratificações há mais de três meses e não sabem mais a quem pedir a atualização do pagamento. Decepcionados com a atitude, os seguranças mantêm-se envergonhados até de se aproximar do governador para não parecer cobrança.
A Secretaria da Segurança Pública e a Delegacia Geral do Piauí, através dos seus titulares, sequer ameaçam uma audiência com Wellington Dias para encontrar uma solução para o caso. Enquanto isso, os seguranças continuam o serviço a todo custo, sem qualquer aceno de Sua Excelência quanto ao pagamento das gratificações de periculosidade.
“Trabalhamos 24 horas por dia para garantir a segurança do governador, custe o que custar, e não podemos fraquejar. Colocamos nossa vida em risco para garantir a segurança do chefe do Executivo. Nós também temos família e obrigações. Contamos com tudo que ganhamos. É uma questão de bom senso”, assegurou um dos seguranças que pediu omissão do nome.
SEGURANÇA ASSASSINADO
No dia 6 de fevereiro de 2015, o policial militar Francisco das Chagas Nunes estava fazendo a segurança do filho de Wellington Dias quando foi assassinado com um tiro na cabeça, na Avenida Raimundo Portella, bairro Ininga. Na época, a imprensa deu toda atenção ao caso, fazendo com que o Estado se empenhasse na ajuda à família do segurança morto.
Passados mais de dois anos do infausto, a família do militar se queixa do abandono do Estado e vive momentos de dificuldade com a perda do militar que era quem supria as dificuldades da família. É o que vale a máxima “bocado comido é bocado esquecido”. No momento, os policiais da segurança pessoal do governador esperam uma resposta alvissareira diante da situação preocupante das finanças do Estado.