Depois de 16 anos, o Senegal disputa a Copa do Mundo pela segunda vez em sua história. Com uma verdadeira façanha em 2002, na estreia em Mundiais, a expectativa do país é entrar de vez na rota das grandes competições e se firmar entre as principais seleções africanas.
O país que é conhecido por ser a linha de chegada do Rally Dakar, que inclusive leva o nome de sua capital, tem uma breve trajetória em Copas. Na única participação até 2018, no entanto, o desempenho do Senegal surpreendeu.
Na Copa disputa no Japão e Coreia do Sul, os senegaleses enfrentaram o Uruguai, a Dinamarca e a então campeã mundial França, colonizadora dos africanos até 1960.
Logo de cara, um resultado considerado uma zebra histórica. Na estreia, o Senegal bateu a França, de Zinedine Zidane, por um a zero. Nas outras rodadas, empatou com Dinamarca e Uruguai, saindo invicto da primeira fase. Os cinco pontos conquistados deram aos senegaleses o segundo lugar da chave grupos e a improvável classificação às oitavas.
Na fase seguinte, o sonho se manteve vivo. Com gol na prorrogação diante da Suécia, os africanos avançaram novamente. Nas quartas de final, porém, uma outra surpresa daquela Copa encerraria a trajetória de Senegal e colocaria fim ao conto de fadas. Com gol nos acréscimos, a Turquia eliminou Senegal e interrompeu a única participação do país africano nas Copas.
Na Copa Africana das Nações, os senegaleses têm um pouco mais de tradição. São nove participações e um vice-campeonato no ano mágico de 2002.
Para voltar a participar dos Mundiais após três edições, nada melhor que uma campanha invicta. No grupo D, com Burkina Faso, Cabo Verde e África do Sul, Senegal somou seis vitórias e dois empates, terminando as eliminatórias em primeiro do grupo com cinco pontos de vantagem para o adversário mais próximo. A sólida defesa foi fundamental durante a campanha: foram apenas três gols sofridos e dez marcados.
O atual plantel senegalês tem jogadores nas principais ligas da Europa. Os campeonatos inglês e francês são os que mais cederam atletas para a seleção do Senegal, sete de cada país.
E é justamente no campeonato inglês que o principal jogador da seleção tem brilhado. Sadio Mané, atacante do Liverpool, é a principal esperança de gols da equipe senegalesa nesta edição da Copa do Mundo.
Companheiro do brasileiro Firmino, Mané fez uma excelente temporada pelos Reds, terminando com o vice-campeonato da Liga dos Campeões. O atacante, ao lado de Firmino e Salah, terminou o principal torneio de clubes da Europa como vice-artilheiro com dez gols marcados. Na temporada mais goleadora da carreira, Mané balançou as redes 20 vezes em 44 jogos na temporada 2017/2018.
Desde 2011, o atacante de 26 anos atua no continente europeu e acumula passagens por time da Europa como o Metz, da França, o RB Salzburg, da Áustria, e o Southampton da Inglaterra.
Pela seleção senegalesa, Mané é convocado desde 2012 e tem 14 gols em 49 partidas.
Pela seleção senegalesa, Mané é convocado desde 2012 e tem 14 gols em 49 partidas.
Senegal está no grupo H, junto com Polônia, Colômbia e Japão, um dos mais equilibrados do torneio. É difícil cravar se conseguirá a classificação para as oitavas, mas o roteiro da última participação em Copas dá um fio de esperança aos torcedores.
O primeiro jogo da seleção senegalesa será dia 19 de junho, contra a Polônia, ao meio-dia, horário de Brasília.