Advogada espancada pelo ex-marido no MA pede Justiça

A advogada Ludmila Rosa Ribeiro da Silva, que foi espancada brutalmente pelo ex-marido, Lúcio André Silva Soares, fez um desabafo em seu perfil no facebook, na quarta-feira (22), cobrando uma resposta das autoridades para o caso.

Ela diz que não sente apenas medo de morrer, mas de não acreditar na justiça, de ser mais um número, de o seu caso ser mais um demonstração pública de que o dinheiro e o poder falam mais alto, medo que as instituições não consigam atingir sua finalidade.
Ela acrescenta que não aceita que a justiça falhe.

A agressão, prisão e soltura
Lúcio André Silva Soares, irmão de Luciano Genésio, prefeito de Pinheiro, chegou a ser preso, logo após as agressões, no sábado (11) à noite, sendo levado ao Plantão do Cohatrac. O registro da ocorrência foi feito às 2h34 da madrugada de domingo (12).

Após pagar uma fiança de R$ 4.685,00, o agresso foi colocado em liberdade pelo delegado Valber Braga.

O MP entrou com ação para revogar o pagamento de fiança e soltura do agressor. O juiz Clésio Cunha acatou o pedido do MP, na noite de domingo (12), e determinou a prisão preventiva de Lúcio André.

O agressor ainda foi localizado pela polícia. Ele estaria fora do Maranhão e tentando um habeas corpus para não ser preso.
 Foto de perfil de Ludmila Ribeiro
Ludmila Ribeiro
 Meus amigos, já se passaram 10 dias do fato que já se tornou conhecimento de todos. E hoje eu venho aqui dizer apenas duas coisas. Hoje sinto um medo que preciso compartilhar com os meus, hoje não sinto apenas o medo de morrer, sinto algo mais terrivel, medo de desacreditar em algo que vivo à 10 anos, medo de não acreditar mais na justiça. Medo de ser mais um número. Medo do meu caso ser mais uma demonstração pública de que o dinheiro e o poder falam mais alto em nosso país. Medo que as instituições em que confio, não consigam atingir sua finalidade, por qualquer que seja o motivo. A segunda e última coisa a ser dita, é que confio nas pessoas de bem, que até aqui me sustentaram com forças para continuar, e são essas pessoas que me fazem vim aqui e pedir que nao permitam que a iniquidade seja presente no meu caso. Eu não aceito que a justiça falhe. Eu não aceito. Me ajudem a espalhar essa corrente de justiça. As autoridades precisam me dar uma resposta. Obrigada. Ludmila Rosa Ribeiro da Silva.